domingo, 4 de dezembro de 2011

O movimento Primavera Maranhense manda recado para Luis Fernando, Gil Cutrim e demais serviçais dos sarneys.

DOMINGO, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 – ARRIBA _MAR
O movimento Primavera Maranhense manda recado para Luis Fernando, Gil Cutrim e demais serviçais dos sarneys.


DOMINGO, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 – ARRIBA _MAR

Publicado em 29 de novembro de 2011 por John Cutrim

O primeiro ato do movimento denominado ‘Primavera Maranhense’ ficará para a história do Maranhão. Num vibrante e emocionante protesto, estudantes, jovens, líderes sindicais e membros de movimentos sociais realizaram, na tarde desta terça-feira (29), um grande ato na Assembleia Legislativa pedindo a saída de Roseana Sarney do comando do governo do Estado.



Depois de se concentraram na entrada da Assembleia, por volta das 16h uma multidão de pessoas seguiram em caminhada proferindo gritos de ordem como “Ôh Roseana pode tremer, os maranhenses vão desempregar você”, “Sarney, ladrão, devolve o Maranhão” e subiram a rampa até chegarem na frente das dependências da Casa. Lá, foram recebidos com muita festa por policiais e bombeiros em greve que abriram um corredor para recebê-los.



De caras pintadas, vestindo camisas e empunhando faixas, cartazes e bandeiras onde se lia explicitamente “Fora Roseana”, juventude e militares entoaram palavras de ordem contra o domínio da família Sarney no Maranhão e pediram o impeachment de Roseana Sarney. Na oportunidade foi lido um manifesto ao povo do Maranhão e cantado o hino nacional

.
Com discursos inflamados, todos foram unânimes em exigir a renúncia da governadora do cargo, em razão da administração caótica e inoperante da filha do senador José Sarney. “Roseana que comece a fazer seu currículo porque nós vamos demitir ela do governo”, afirmou um manifestante. “Por estar vendo policiais de mais aqui nem sei pra quem eu peço para que faça a prisão de Roseana”, asseverou outro, mais exaltado. Uma militante de esquerda disse que com o surgimento da ‘Primavera Maranhense’ era hora de mandar a família Sarney para a “p… que p….”. Ao final, num clima de muita união todos se confraternizaram.

MANIFESTO DA SOCIEDADE CIVIL MARANHENSE PELO IMPEACHMENT DE ROSEANA SARNEY MURAD

As entidades abaixo-assinadas têm por objetivo pedir o impeachment de Roseana Sarney Murad. O Maranhão está completamente desgovernado. São sucessivas greves, onde os trabalhadores do nosso estado têm se mostrado insatisfeitos com o poder que comanda e oprime o nosso povo.

O atual movimento dos Policiais Militares, Bombeiros e Polícia Civil nos parece a gota d`água. A solução apresentada pela governadora (se é que podemos chamá-la assim) é criminalizar os grevistas. Diariamente os seus veículos de comunicação (Sistema Mirante) agem no intuito de tentar colocar a população contra a greve, tentando esconder a total responsabilidade do governo pelo impasse.

Estamos diante de um clima de caos, causado única e exclusivamente pelo descaso criminoso do poder público estadual do Maranhão. A governadora Roseana Sarney Murad tem demonstrado que seu governo não está comprometido em cuidar das pessoas como diz a sua propaganda enganosa.

A saúde não existe e é marcada pela imensa e deslavada corrupção de seu cunhado, Ricardo Murad.
Na educação, enquanto a sociedade clama pelos investimentos em 10% do PIB, ela estatiza ilegalmente a fundação de seu pai, tentando manter o Convento das Mercês como museu de sua família.

Na área da cultura ela vai torrar milhões bancando uma escola de samba do Rio de Janeiro, sem qualquer justificativa.
Some-se ao crescimento da miséria, a violência no campo, ao avanço do latifúndio, ao profundo desrespeito aos diretos humanos e temos uma mostra do que é o Maranhão sob o desgoverno de Roseana. Estamos viajando num trem descarrilhado!

Por isso, solicitamos a Assembléia Legislativa do Estado o Impeachment da Governadora Roseana Sarney Murad.
Porém, se esta mesma Assembléia continuar de costas para a sociedade, nós esperamos que as instituições federais tomem uma providência urgente.
A coisa já passou do limite!

ANEL
CES
CSP CONLUTAS
JUVENTUDE PDT
JUVENTUDE PSB
MEI
NAJUP NEGRO COSME
OS LIRIOS NÃO NASCEM DA LEI
TRIBUNAL POPULAR DO JUDICIÁRIO
UBES
UJS
UNE
UNIÃO ESTUDANTIL PINHEIRENSE
VALE PROTESTAR


CAFÉ LITERÁRIO COM HERBERT DE JESUS SANTOS

CAFÉ LITERÁRIO COM HERBERT DE JESUS SANTOS




Acometido de uma fadiga do mau estar, ressacando-me de uma doença não curada, provindo do leito das mídia imperialista e anticapitalista. Fui a feira do Livro, mas pensando no mercantilismo da venda de livros e editoras. Enganei-me. E comprei Livros, sim, enfim? Após a missão de educador, levei meus alunos EJA Noturno a 5ª Feira do Livro. Debrucei-me sobre o livreto do programa e das inúmeras programações que participei, Dei de cara com Herbert Santos, no Café literário : Movimentos literários em São Luís no Século XX e planos editoriais – Com Herbert santos. Foi neste 03 de dezembro/2011, (sábado).




Herbert é liceísta, comunista e poeta como eu, que sou um simples palavrador de Ribamar, com mais de 30 anos de poesias escondidas, sabedor de que esta semente será regada no e ao seu tempo. A poesia e conto sempre me deram prazer. Porém escutar Herbert foi prazeroso e fortificante, suas palavras ecoaram nas minhas veias literárias e no ocultismo das minhas poesias e contos. “ O poente está a sua frente- pegue-o”



Herbert de Jesus Santos é um dos maiores defensores das tradições da cultura e inteligência maranhenses. Seu espírito de luta e poesias vem da adolescência, no clube de jovens da Madre Deus (onde nasceu), no maior movimento sociocultural de São Luís, com benefício àquele bairro,sem precedência e sucessão, no auge da ditadura militar, até a remoção dos praianos para o Anjo da Guarda, com o surgimento da Barragem do Bacanga:na casa de seus padrinhos, na rua do Apicum, sem esquecer suas raízes; nas leituras do liceu;e nos debates na sua turma de comunicação Social da UFMA (jornalismo,Relações Públicas e Desenho). Jornalista profissional e escritor (poeta, cronista, novelista e contista), é colunista do JP Turismo (suplemento do Jornal Pequeno) e membro do instituto Histórico e geográfico do maranhão (IHGM).

Obras publicadas: Uma canção para a Madre de Deus (poesia), os premiadosem concursos literário Um Dedo de Prosa e Bazar São Luís (crônicas)e quase todas da pá virada (contos), Inéditas: assim está escrito (cartilha ortográfica), Antes que Derrame a lua Cheia (crônicas), Serventia e os Outros da patota (contos), A segunda Chance de Eurides (Novela), A Terceira Via (novela), Hábitos de Luz (poesia), Peru na Missa do Galo (contos de Natal),e muitas outras ...




Professor Josivaldo recendo das mãos do autor a obra “São Luís em PreAmar: Ainda Assim, há um Azul!”


Veja por outros : blog Carlo Alberto LIMA COELHO.

Herbert de Jesus Santos publica
Apelo do poeta Herbert de Jesus Santos

31 de julho de 2011 às 10:59
(Às almas de boa cepa da sua terra)
Havia um ditado muito corrente, no meado da década de 1970, em São Luís, dando como favas contadas que “O pior inimigo de um maranhense é outro maranhense”! Começando a escrever, na Imprensa, logo me apressei a atenuar a bordoada do dito cujo, com “O pior inimigo de um maranhense (bem bom) é outro maranhense (bem mau)”!, e justifiquei minha intervenção com o testemunho presencial de que o perverso tinha um extenso repertório: ruim, ordinário, nocivo, funesto, contrário à virtude, à razão e à justiça, inábil, incapaz; era malíssimo ou péssimo, no superlativo, piorando em que “Aves da mesma plumagem sempre voam juntas”.

Era malhar em ferro frio, ou uma cacetada no cravo, outro na ferradura, pois só não eram mato, na seara da cultura (alma) maranhense, exemplos de nativismo e colaboração mútua para uma boa causa. Na outra ponta, era mais fácil a solidariedade aos forasteiros e nas ações dos coiteiros para as bandalheiras, falando o português claro, contra o bem-comum. Claro que sempre acolhemos indivíduos que chegaram para melhorar, inclusive, a boa-vizinhança e discernimento da nossa terra, e, em cima da bucha, eu iniciava a lista com o poeta e cronista José Chagas, paraibano de boa cepa, que, de, de tanto ser chamado e chamar os outros de Figura, em São Luís, ficou muito mais Chagas que José, e um dos consolidadores do termo maranhensidade, entre nós. Há muitos outros brasileiros que vieram para fortalecer o nosso humanismo, no magistério e no jornalismo, etc., e os que chegaram sob encomenda para desmantelar de vez o gerenciamento público, colocando nosso berço extremado à zombaria do Brasil na pecha de mais pobre, analfabeto, doente e atrasado da Federação, com perseguição das autoridades aos contestadores do modelo fajuto, vingativo, traiçoeiro e falido.

A praga continua mais viva do que nunca. Porque, por questão de honra e princípio, não participo de igrejinha, o bicho pegou para o meu lado, quando precisei viabilizar passagens aéreas e manutenção de uma filha minha em São Paulo, para ela receber a Premiação de Campeã do Concurso Nacional de Monografia de Relações Púbicas (promovido pela Universidade de São Paulo-USP), e ela concorreu com sua monografia de graduação do Curso de Comunicação Social da Ufma. Um meu amigo secretário de Estado falou com seu colega, e nada! Pasmem que este foi o mesmo que abriu a burra, logo depois, para 60 bilhetes aéreos ao Canadá para um grupo manjado, que não é sequer original e folclórico, além de empanturrar-se na gulodice insaciável com o que deveria servir melhor ao povo. Se não fossem a Ufma e meus colegas de serviço público (eu me achava, então, na Secretaria da Justiça (Sejus), que se cotizaram com uma certa quantia), a minha filha não representaria a Cultura e a Inteligência Maranhense, na maior Universidade do Brasil, após ser vitoriosa num certame intelectual. Agora, estou precisando voar para Brasília (DF), onde, no dia 10 de agosto, lançarei seis livros meus (de prosa e poesia) mais recentes, na Livraria Cultura, e estou com dificuldade em adquirir passagens, para, de alguma forma, representar a nossa literatura. Além de bater com a cara na porta, ouvindo não, uns amigos, que eram da onça, nunca mais retornaram a dar o ar da sua graça sobre a minha solicitação para eles. Tenho dinheiro de trabalhos efetuados para receber, até de órgão, passado mais de ano, apesar da minha insistência, sob a alegação de falta de repasse, mesmo em se sabendo que é uma cultura (idiota e nociva) pôr a arte literária no rabo da fila da cultura, em troca do “pão e circo” e da arena dos gladiadores contra irracionais. Só seremos maiores e respeitados com a cultura (literária) em primeiro plano, quanto no Primeiro-Mundo. O resto é só conversa pra boi dormir, quando não, pôr o carro na frente dos bois.

Quem estiver em condição de ajudar a literatura nativa, estou com o coração receptivo e apreensivo, para não frustrar a expectativa de conterrâneos radicados, entre amigos, parentes, jornalistas e escritores, e os poetas e prosadores, meios de comunicação e entidades artísticas brasilienses já convidados para prestigiarem a minha noite de autógrafos. Receberei de bom grado a moção de apoio. Até para não deixar correr o ferrão de “O pior inimigo de um maranhense (bem bom) é outro maranhense (bem mau)!”

Alfarrábios de um escritor inspirado na cultura do povo

Manoel Santos Neto – Jornal Pequeno.

Herbert de Jesus Santos não é mais aquele menino pobre, criado numa família humilde dos subúrbios de São Luís, que acabou se tornando escritor e chegou a sonhar com a Academia. Hoje, autor de 10 livros publicados, ele é um sessentão, homem maduro, calejado de tantas lides, que agora busca – sempre irrequieto – ser um intérprete cada vez mais fiel dos genuínos valores da cultura e do cotidiano de seu povo.

Encantado pela magia do carnaval e do bumba-meu-boi, entre tantas outras manifestações populares, Herbert Santos já lutou muito, comprou brigas com muita gente, mas hoje admite que está mais quieto. Inspirado em raízes populares muito fortes, ele reafirma consigo mesmo o compromisso de ser um intelectual cada vez mais próximo dos anseios de sua gente.

“Com a graça de Deus, quero continuar na luta. Meu sonho é prosseguir no ofício, buscando escrever cada vez mais, aumentando a minha produção literária que, até hoje, me rendeu algumas perseguições, mas também me premiou com boas e grandes amizades”, afirma o poeta.

Filho de Doralina Esmeralda de Jesus Santos (Dona Dora), operária da Fabril (fábrica de tecelagem) e do pescador Felipe Nery dos Santos, chamado de Filipão, Herbert de Jesus Santos nasceu em São Luís, na Madre Deus, a 7 de agosto de 1950.

Ele gosta de dizer que foi “desasnado” em sua própria comunidade, pela professora normalista, Dona França, que ensinava particular a cartilha de ABC, em sua residência, na escadaria da Rampa Manoel Nina. “Não me apaixonei pela minha primeira mestra, mas, como sempre ficamos próximos, ela sempre sabia dos meus sucessos nos estudos”! – lembrou.
Nesses contatos, Dona França o incentivava muito a prosseguir no ensino, até quando saíram da Madre de Deus, por causa da construção da Barragem do Bacanga, em 1970, quando muitos removidos foram para o Anjo da Guarda e outros, com a pequena indenização do Governo do Estado, compraram casas no Lira e em outros bairros do entorno da sua comunidade original.

“Eu já casado, em 1982, residi no Codozinho, perto de Dona França. Tempos depois, com livros publicados, por meio de prêmios literários, disse que um dia eu a convidaria para a minha posse na Academia Maranhense de Letras, sem saber ali que há outros interesses da AML em jogo. Ela procurava, amiúde, pela Academia, em nossos encontros, até no ano passado (2009) quando eu, morando no Cohafuma, soube do seu falecimento, aos 79 anos, dito por seu filho, o popular Mesquita do Lira”.

Desde pequenino, Herbert encantou-se pelas manifestações da cultura popular maranhense. Começou por ter sua “maternidade” (casa) atrás da Capela original de São Pedro, cuja primeira zeladora foi sua avó paterna, a beata Marcelina Cirila dos Santos – Dona Marcela. Na frente da capela, assistia às apresentações dos bumba-bois, que louvavam o padroeiro dos pescadores, no amanhecer de 29 de junho, no largo, com leilão de prendas e procissões marítima e terrestre.

Sob o ruído das matracas – “Eu guardava numa caixa de papelão miçangas e canutilhos, caídos das roupas dos brincantes e do couro dos mimosos, como se fossem brilhantes. Acho que daí fiquei vidrado nas brincadeiras, em que o Boi (de matraca) da Madre de Deus é especial, até por causa de meus avós maternos no primeiro batalhão, no fim do século 19”.

Aprendeu a gostar bem cedo, igualmente, das escolas de samba, em primeiro lugar da Turma do Quinto, em que brincavam seus tios e primos mais velhos, e Filipão foi diretor de batucada (hoje, bateria). Foi por causa deles, falecidos, que ajudou o seu primo João Batista dos Santos, em 2000, a levantar o prestígio da Turma do Quinto.
“Lutei e lutei pela Turma do Quinto, O Boi e A Festa de São Pedro” – acrescenta Herbert – “que Bulcão e Godão, donos do Bicho Terra e Boizinho Barrica, pretenderam acabar, por já mandarem na Secretaria Estadual da Cultura. Antes, eu já havia, com auxílio do então deputado Expedito Moraes, realizado a primeira restauração da sede da tradicional agremiação carnavalesca, em 1993. Mas não acabaram a Turma do Quinto, como tencionaram”.

Em 1957, Herbert foi morar com seus padrinhos (Francisco Galvão dos Santos, o Chiquito, e Aldenora, Dedé), na Rua do Apicum. Fez uma reciclagem com aulas particulares do professor Edson Garcia, irmão do radialista Edy Garcia, antes de estudar o primário na Escola Modelo Benedito Leite e passar no exame de admissão ao Liceu Maranhense (muito concorrido), em 1962, onde concluiu o Científico em 1968.

Neste ínterim, aos 17 anos, forjou com aço sua personalidade coletivista, no Clube de Jovens da Madre de Deus, com atividades solidárias e de conscientização comunitária, qual a de alfabetizar adolescentes e adultos pelo Método Paulo Freire.

“Era o auge da ditadura militar, quando soubemos da prisão, pelo Exército, de muitos maranhenses contra o golpe na democracia, entre os quais os médicos e idealistas Maria Aragão e William Moreira Lima, tempo e espaço, aliás, em que ambientei a minha novela A Segunda Chance de Eurides” – assinalou.

Idealismo da juventude – O Clube de Jovens da Madre de Deus ajudou os moradores (praianos) até nos contatos com as autoridades governamentais para a remoção ao Anjo da Guarda. “Dentre os clubistas, havia o idealismo dos noivos, hoje, médicos e casados, Raimundo Teodoro de Carvalho (Raimundinho) e Lúcia Bulcão da Silva, sua irmã Maria Cecília Bulcão da Silva (Zoca), Gracinha Ferreira Silva, Raimundo João Silva, eu e a minha namorada, Léia Sousa Pimenta, então professora e acadêmica de Economia da UFMA!” – recordou.

Acompanhou sua mãe e irmãos ao Anjo da Guarda, em março de 1970, sem deixar os laços com a Rua do Apicum, onde o velho Erasmo Dias, jornalista e escritor de mão-cheia, exercia influência em moços, jornalistas e poetas, sobretudo. “Há muito dessa época, no Peru na Missa do Galo (Contos de Natal), que conseguiu publicar em dezembro de 2009” – assinalou.

O livro Peru na Missa do Galo reúne 11 contos com a temática da Data Magna da Cristandade, contemplando a cultura natalina como ela é feita, aqui, em termos de canto e dança de pastoral e reisado, culinária, congraçamento das pessoas, esperança de dias mais bonançosos para a coletividade. “Neste ponto, evidencia-se muito a experiência de um ludovicense da gema, em textos construídos em alicerces da maranhensidade genuína, no nosso ser e estar no universo, com romances, xodós e reencontros de amantes, entre episódios hilários e sisudos”, ressaltou.

“É tudo ficção, com personagens tiradas do nosso chão, aproveitamento da nossa paisagem e de personalidades minhas conhecidas, literárias e comunitárias”, explicou. Revelou que este título só não foi publicado há muito tempo, pois, submetido ao Concurso Literário Cidade de São Luís da Func, o júri o desclassificou, com o argumento de um tal, escrito no meu original, de que o Cartório de Eloy Coelho Neto era só de títulos, e eu coloquei a Zona do Baixo Meretrício para tirar a certidão de nascimento de um Jesus achado por popular numa noite de véspera de Natal.
Enfatizou: “Sendo ficcional, eu poderia usar o cartório ao meu bel-prazer; outro, considerou o livro parecido com coleção de contos russos, talvez por eu falar nos mestres da literatura como Tolstoi; outro, por eu evidenciar passagens sobrenaturais, quanto milagres de Natal, Estrela do Oriente etc. Não leu o conto de Natal de Erasmo Dias (O Ajuntador de Papel), a novela O Banquete (de Ubiratan Teixeira) e aula do poeta José Chagas sobre o tema, no opúsculo Versos de Natal.
Peru na Missa do Galo, com 148 páginas, traz a marca editorial da Lithograf, ilustrações de Wilson Caju, também incursiona no tempo da adolescência do autor, estudante do Liceu, ativista do Clube de Jovens da Madre de Deus, na ditadura militar, sua estada na Rua do Apicum, ida para o Anjo da Guarda, festeiro na Liberdade, Monte Castelo, Lira, Camboa etc.

Os tempos do Sioge e as jornadas nas Redações

Em 1972, Herbert de Jesus Santos tornou-se evasor do Curso de Direito da UFMA, onde fora aprovado em 1971. Em dezembro de 1975, empregou-se no Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado (Sioge), através de pedido do poeta José Chagas ao diretor do órgão, escritor Jomar Moraes. No setor de Revisão do Sioge, ampliou seus conhecimentos gerais e criou uma fama profissional entre os literatos editados pela Casa. Em 1976, em novo vestibular, ingressou no Curso de Comunicação (Jornalismo) da UFMA, onde se formou em 1980. Em 1976, casou com a professora ribamarense Marilda Alice Cardoso, com quem teve três filhas (Amarílis, Alessandra e Amanda), sempre em São Luís.Viúvo, sua atual companheira é a pedagoga ribamarense Maria Gorete Protázio, com quem tem uma filha (Mariana).

Iniciou sua carreira de jornalista profissional em O Imparcial; depois, O Estado do Maranhão, O Debate, Jornal de Hoje e no Diário do Norte indo de revisor, repórter, secretário de Redação a chefe de Reportagem e editor-geral. Atualmente, é colunista do JP Turismo, suplemento do Jornal Pequeno, sendo, desde 1995, titular da coluna “Sotaque da Ilha”, e colaborador no jornal Extra. Em 1992 ingressou no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM). Sua estreia literária se deu com uma Canção Para a Madre de Deus (poesia, em 1984); daí são mais nove títulos, alguns prêmios em concursos literários e jornalísticos: Um Dedo de Prosa (crônicas); Bazar São Luís: Artigos Para Presente e Futuro (crônicas); Quase Todos da Pá Virada (contos); São Luís em PreAmar: Ainda Assim, há um Azul! (poesia); A Segunda Chance de Eurides (novela); Serventia e os Outros da Patota (contos); Ofício de São Luís: Bernardo Coelho de Almeida (Coração em Verso e Prosa); Peru na Missa do Galo (contos de Natal); e Antes que Derramem a Lua Cheia (crônicas). Tem seis livros inéditos e outros em andamento, em todos os gêneros, com exceção de teatro.
No seu entendimento, com a extinção do Sioge, a cultura literária maranhense sofreu um duro golpe, no surgimento de novos valores e consolidação dos celebrizados. “Era, sem dúvida alguma, o ponto da cultura maranhense mais respeitado pela intelectualidade brasileira, com seu jornal literário Vagalume (editado pelo escritor Alberico Carneiro), campeão diversas vezes, nacionalmente, dentre seus congêneres; concursos literários e publicações constantes; coral e teatro de servidores. Foi realmente uma grande perda para o Maranhão o fim do Sioge!” – assegurou. Quando recorda dos tempos do Sioge – com uma ponta de tristeza e nostalgia –, Herbert gosta de exaltar três figuras emblemáticas: os gráficos Roberto Nascimento ( saudoso), Newton Luís de Jesus e Mário Amorim, ambos ainda vivos, tipógrafos de grande experiência profissional, que deixaram suas marcas na história do velho Sioge. Herbert acrescenta aqui o nome do escritor Jomar Moraes, grande editor de livros, com quem ele reconhece que muito aprendeu.

“Não é para todos o privilégio de publicar livros, aqui, onde a literatura foi mais prestigiada, quando havia, pelo menos, oito concursos literários, até na década retrasada, estimulando o surgimento de novos talentos e consolidação de nomes consagrados”, assinalou.

“Estou falando, também, como revisor literário no áureo tempo do Sioge, que foi o ponto de nossa inteligência e cultura mais respeitado pela intelectualidade brasileira, por causa de seu jornal (suplemento), inserto no Diário Oficial, seus concursos literários, coral e teatro de servidores etc.”, acrescentou. Revelou: “ Por defender o Siorge, em jornais, sofri perseguição no serviço público estadual, até hoje, a um passo de aposentadoria”

Ideário de um sessentão que sonhou chegar à Academia

Em agosto de 2010, o jornalista e escritor Herbert de Jesus Santos lançou, em noite de autógrafos muito concorrida, seu terceiro livro de crônicas, Antes que Derramem a Lua Cheia, e o décimo da sua carreira, em que já se inclui uma bibliografia de dez títulos, dentre prosa e poesia, além de prêmios jornalísticos e literários.

O sarau das letras maranhenses aconteceu na frente do Bar e Restaurante Skina, do Hotel Central, na aprazível Praça Benedito Leite, prestigiado por jornalistas, gráficos, escritores, familiares e amigos do autor que, na ocasião, falou da necessidade de uma política mais abrangente para a literatura, como a que se deu no tempo do extinto Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado (Sioge), segundo ele, “o último ponto da cultura e inteligência maranhenses respeitado pela intelectualidade brasileira, até 1993.”


O lançamento de Antes que Derramem a Lua Cheia fez parte das comemorações da passagem do 60º aniversário natalício de Herbert, o poeta da Madre Deus – confessa que gosta de ler as crônicas de Cunha Santos Filho, José Chagas e Ubiratan Teixeira e, até por dever de ofício (como revisor profissional), costuma ler a poesia de Luís Augusto Cassas.

Entre os grandes nomes da literatura do Maranhão, além de Sousândrade, Herbert destaca Gonçalves Dias, Josué Montello, Nauro Machado, Ferreira Gullar e Erasmo Dias. Ele faz questão de salientar também João Mohana, como um dos maiores escritores maranhenses; e entre os escritores nacionais, que também lê (além do romancista Machado de Assis) os cronistas Fernando Sabino e Rubem Braga e os poetas Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Mário Quintana.
Graduado em Comunicação Social, Herbert Santos, o poeta que vive num meio onde a maioria das pessoas mal tem dinheiro para pagar as contas do fim do mês, orgulha-se da vida modesta que leva. Com a sua poesia, seus livros e suas crônicas, não ficou lugar para a dúvida: o escritor da Madre Deus é um artista popular com um faro e uma competência indiscutível para a crítica social. “Sinto-me honrado de poder lutar para construir uma carreira literária e jornalística com toda dignidade possível, procurando fazer tudo com o maior respeito possível, para merecer o respeito dos meus conterrâneos”, assinala ele.

Já por quatro vezes, Herbert Santos lançou-se candidato a uma cadeira na Academia Maranhense de Letras. E por quatro vezes perdeu as eleições. Na última investida, em 2009, quando tentou ocupar a vaga deixada pelo poeta Nascimento Morais Filho, obteve apenas três votos. O vencedor foi o deputado estadual Joaquim Haickel.

“A Academia Maranhense de Letras merece valer a pena. Deve, como instituição, se voltar para a melhoria das condições de vida do nosso povo”, afirma o poeta. Mas, se a Academia negou-lhe uma cadeira, o escritor de Uma Canção Para a Madre de Deus sente-se honrado, quando reconhecido como o grande poeta popular, que também é capaz de transformar idéias e delírios em tema sólido da arte do povoléu, quando compõe sambas enredos para o Carnaval – como tantas vezes já fizera e pretende continuar fazendo.

FONTE: www.guesaerrante.com.br/2010/10/25/Pagina1248.htm

FEIRA DO LIVRO ENCERRA COM PROGRAMAÇÃO LITERÁRIO-CULTURAL


Feira do Livro encerra com programação literário-cultural

Seg, 05 de Dezembro de 2011 00:36 | Escrito por Olivia Vidigal

Após dez dias de intensas atividades na Praça Maria Aragão, chegou ao final a quinta edição da Feira do Livro de São Luís. Realizada pela Prefeitura por meio da Fundação Municipal de Cultura (Func), o evento alcançou a sua meta principal: garantir o fomento das cadeias criativa, produtiva e mediadora da leitura.

Outro destaque deste ano foi a grandiosidade da estrutura montada. Cerca de seis mil metros quadrados foram usados para dar maior conforto às pessoas que participaram da Feira. Livreiros, palestrantes, visitantes, parceiros, todos tiveram a disposição uma estrutura climatizada com segurança e conforto.

A cerimônia de encerramento aconteceu no espaço central da Feira, em frente ao auditório que leva o nome do patrono desta edição, o jornalista, poeta e membro da Academia Maranhense de Letras, José Chagas.

Na ocasião, o Prof. Dr. Sofiane Labidi, coordenador executivo do programa 400 anos de São Luís, destacou que o quarto centenário da cidade é uma oportunidade de renovar o amor pela nossa capital.
Logo após, o Grupo de Artes Maria Aragão – GAMAR, apresentou o espetáculo de encerramento da Feira, confirmando uma característica marcante do evento, a inserção literária por meio da arte cênica.

Quem participou da cerimônia pôde ainda vivenciar um momento de nostalgia: dois telões montados na praça exibiram imagens de São Luís em diferentes épocas, contrastando com o cenário atual da cidade.

Espaço dos Livros funciona até a próxima terça - O Espaço dos Livros, montado no Espaço Cultural para a 5ª Feira do Livro de São Luís, permanecerá com os 68 estandes aberto até a próxima terça-feira (06), funcionando no horário das 14h às 22h.
Esta iniciativa é da Associação dos Livreiros do Estado do Maranhão (Alem), que pretende proporcionar ao público um tempo a mais para as compras com comodidade, conforto e segurança. São aproximadamente 17 mil títulos distribuídos em mais de 300 editoras presentes, ou seja, uma variedade enorme de obras disponíveis com preços acessíveis para todos os públicos.

A Alem também oferece ao público uma promoção que desperta e incentiva o hábito da leitura em todas as idades. Para cada compra no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais), o consumidor ganha um cupom para concorrer a um notebook, no primeiro prêmio, e uma cesta de livros no segundo prêmio. O sorteio, que estava previsto para acontecer no domingo, foi também prorrogado para o dia 06, às 21h, no Espaço Cultural.

Parcerias - A 5ª Feira do Livro de São Luís é promovida pela Prefeitura por meio da Fundação Municipal de Cultura (Func), co-realizado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc/MA), com apoio da Vale, Associação dos Livreiros do Estado do Maranhão (Alem), Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IGHM), Academia Maranhense de Letras (AML), além dos órgãos e secretarias municipais.

Aproveite esse últimos dias. Josivaldo Corrêa

sábado, 3 de dezembro de 2011

GOVERNO DO MARANHÃO CEDE E ACABA COM A GREVE. VALEU APENAS?

ACABA GREVE DOS MILITARES

Sáb, 03 de Dezembro de 2011 19:55 Vias de Fato
Somente pouco antes das 22 horas, da sexta feira (2/12), foi assinado o Termo de Acordo e Compromisso, que pôs fim à paralisação de nove dias dos policiais militares e integrantes do Corpo de Bombeiros do Maranhão. O acordo considerou a extinção de todos os procedimentos administrativos, tais como sindicâncias ou outros processos, desde que os militares se apresentassem até as 24 horas da sexta-feira (2/12), com o compromisso do retorno às atividades normais e regulares no prazo estabelecido. A categoria aceitou a proposta apresentada pelo governo do estado de 24,4% de reposição salarial, escalonada até 2014, e aumento do tíquete alimentação de R$ 250 para R$ 300, a partir de agosto de 2012.


PONTOS QUE O GOVERNO DO MARANHÃO ACEITOU:


1-Anistia dos Grevistas
2-Fim do R.D.E (Regulamento Disciplinar do Exército) para a Polícia Militar
3-Estipular o dia 1º de março, como data base
4- Instituir a Lei de Promoções
5-Criação de uma Comissão Paritária
6-Diminuição da carga horária de 72h para 40h


PONTOS QUE O GOVERNO DO MARANHÃO REJEITOU:
1-Aposentadoria com 25 anos
2-Equiparação e elevação do status de Comandante Geral para Secretário de Estado




Militares aceitam reposição salarial escalonada até 2014 e dão fim à greve

3 de dezembro de 2011 às 09:52

Governo ofereceu 24,4%, divididos em três vezes e tíquete alimentação de R$ 300 em agosto de 2012
POR VALQUÍRIA FERREIRA

A greve dos policiais militares e bombeiros, que teve início no último dia (23), chegou ao fim na noite de ontem (2). A categoria aceitou a proposta apresentada pelo governo do estado de 24,4% de reposição salarial, escalonada até 2014, e aumento do tíquete alimentação de R$ 250 para R$ 300, a partir de agosto de 2012.

Com o fim da greve, os militares e bombeiros retomam às suas atividades normais hoje (3). No entanto, a desocupação da Assembleia Legislativa (AL) vai ocorrer somente após a assinatura do termo de compromisso com os grevistas.
Segundo o blog do diretor de comunicação da Associação dos Servidores Públicos Militares do Maranhão (Assepmma), Ebnilson Carvalho, uma comissão foi deslocada, na noite de ontem, para OAB a fim de redigir o documento com os pontos acordados. O blog destacava ainda que os militares e bombeiros desocupariam a AL, na manhã de hoje, após uma faxina e uma supervisão no prédio, que deverá ser feita pelo chefe de segurança da casa, coronel Pinheiro Filho; e, além disso, os grevistas vão retornar ao ambiente de trabalho somente às 10h.

De acordo com a aprovação da proposta negociada na tarde de ontem, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Maranhão (OAB/MA), a reposição das perdas salariais será de 10,4%, em 2012; 7%, em 2013; e mais 7%, em 2014. Com isso, o salário base do soldado de R$ 2.028 passa para R$ 2.240, em 2012; R$ 2.396,80, em 2013; e para R$ 2.564,60, em 2014. O salário do coronel passa de R$ 10.400 para R$ 11.487,18, em 2012; R$ 12.291,28, em 2013; e R$ 13.151,67, em 2014. Além disso, os militares e bombeiros têm data base para o mês de março de cada ano. A categoria conseguiu ainda a redução da carga horária para 40 horas semanais, criação do código de ética para os militares, com o fim do Regulamento Disciplinar do Exército (RDE) para os militares e extinção da anistia.


O valor negociado e os outros avanços foram apresentados aos grevistas, na noite de ontem, durante assembleia geral, na parte externa da AL, onde mais de três mil militares optaram pelo fim da greve. A proposta foi lida por Marcos Prisco, um dos diretores da Associação Nacional de Entidades Representativas de Praças Militares (Anaspra), que destacou os avanços nas negociações. 'O Maranhão é o terceiro estado a conquistar o código de ética como lei estadual. É o fim do Regulamento Disciplinar do Exercito (RDE) e da anistia para os militares, o que representa um grande avanço para todos, e a conquista do movimento', disse. 'O elefante que estava amarrado no pé de alface se libertou. Conseguimos uma boa negociação e a reposição salarial de 24,4%; queríamos mais, no entanto, nas negociações conseguimos somente esse percentual, além da conquista de sete pontos dos nove que estavam em pauta', falou o cabo PM Roberto Campos Filho, da Polícia Militar e diretor da Assepmma.


Durante todo o período da greve, os deputados estaduais Zé Carlos e Bira do Pindaré apoiaram os militares. 'Este é um momento de alegria para todos, sociedade, policiais e bombeiros, pela conquista de reposição salarial, data base, fim do RDE, redução de carga horária para 40 horas semanais', destacou deputado Zé Carlos.

O coronel PM Ivaldo Barbosa fez um discurso bastante emocionado, destacando as conquistas para a categoria. Vários líderes sindicais estavam presentes na assembleia, que deliberou pelo fim da greve. Após a reunião, os policiais militares e bombeiros participariam de uma festa particular, num local não divulgado.

Punição aos grevistas – Em entrevista concedida pelo secretário estadual de Projetos Especiais, João Alberto, após a reunião na OAB, foi dito que a anistia será tratada somente por um projeto de lei e no Congresso, e que vai conversar com os militares e bombeiros assim que retornarem ao trabalho. 'Há dois tipos de punições, uma administrativa e outra penal, mas sobre tudo isso nós ainda vamos conversar, por que somos amigos da polícia; e queremos que tudo saia bem', afirmou.

Em relação à reposição salarial, o secretário falou que o percentual de 24,4% foi o máximo que o governo pôde oferecer aos grevistas, e que isso vai gerar o impacto de R$ 56 milhões no orçamento do Estado.

Agora eu Pergunto Será mesmo: Josivaldo Corrêa.