sexta-feira, 23 de outubro de 2015


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

OUTUBRO DE LUTA - Não basta trocar peças quando o sistema não tem conserto



Está em curso no Brasil um processo político que expõe didaticamente a essência da democracia burguesa instalada no país. Tanto o partido do governo federal, o PT de Dilma e Lula, quanto o partido que comanda a oposição de direita, o PSDB de Aécio e FHC, vem buscando de formas mais ou menos explícitas atrair o famigerado presidente da câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB), para acordos conforme seus interesses.
Ambos estão plenamente dispostos a jogar para baixo do tapete as contas na Suíça e toda a enorme lista de falcatruas de Cunha como moeda de troca: o PT para assegurar o mandato da presidente Dilma contra a tese do impeachment e o PSDB, ao contrário, para facilitar a tramitação do processo de impedimento no congresso nacional.
O fato é que, quando estava na oposição, o PT culpava os tucanos pelas péssimas condições de sobrevivência dos trabalhadores. Hoje o PSDB age da mesma forma, atribuindo toda a responsabilidade do desemprego e aumento do custo de vida ao PT. Esta polêmica, contudo, não passa de uma grande farsa. Como disputam a gerência do sistema, os partidos da ordem não podem revelar que a raiz da crise econômica, política e social que vivemos está no sistema capitalista.
Apesar das diferenças na forma de administração segundo o governo de plantão, as crises fazem parte do funcionamento do capitalismo e não podem ser evitadas enquanto este tipo de sociedade não for abolido. Portanto, não podemos nos iludir: independentemente de quem seja o presidente da república, se a classe trabalhadora organizada não encarar de frente o problema da propriedade privada dos meios de produção e outros pilares da sociedade burguesa, persistirão as crises cíclicas, a exploração e a desigualdade.
Nessa perspectiva, a Unidade Classista convoca os trabalhadores e todo o povo a participarem do OUTUBRO DE LUTA em diversos estados, se levantando em unidade com greves e outras formas de mobilização contra as retiradas de direitos, as terceirizações, o ajuste fiscal, enfim, as medidas tomadas pela classe dominante e seus representantes políticos contra a nossa classe, rumo à construção de uma alternativa anticapitalista e antiimperialista para o Brasil!

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