MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CNTE assina carta dos(as) defensores(as) da
educação pública brasileira
Notícias- 12 Dezembro 2022 - 12:05h
Nós, lideranças nacionais, educadores/as,
estudantes, pesquisadores/as, sindicalistas vimos a público nos manifestar em
defesa de um perfil sintonizado com as demandas históricas do campo educacional
e com capacidade de liderar o Ministério da Educação no próximo período, com
habilidade de coordenação, diálogo, pactuação social e política e efetivo
compromisso com a educação pública e popular.
Além disso, em razão do atual cenário,
precisaremos de um Ministério forte que, na condução das políticas públicas
educacionais, rompa com as práticas nocivas que marcaram as últimas gestões do
MEC e que tanto mal fizeram à educação em nosso país. Para tanto, temos
princípios, diretrizes e proposições, materializadas nas deliberações das
Conferências Nacionais Populares de Educação (Conape), que são as nossas
referências para o país.
A atual conjuntura que se consolida com a
posse do Presidente Lula exige a defesa intransigente da educação pública e
popular como pilar do desenvolvimento nacional. Educação que deve ser gratuita,
democrática, laica, inclusiva, com gestão pública e de qualidade social e,
notadamente, deve ter no reforço do papel do Estado centralidade para garantia
deste direito público subjetivo.
O perfil que deve liderar o Ministério da
Educação não deve estar vinculado, portanto, aos setores empresariais na
educação e, sim, deve ter raiz na defesa da educação pública, habilidade nos
diálogos com os amplos setores da sociedade, história de militância na educação
e forte compromisso com o programa vitorioso do Presidente Lula.
Assim, compreendemos que o Deputado Federal
Reginaldo Lopes (PT/MG), parlamentar com ampla experiência e com comprovadas
condições de liderar o MEC, ancorado na cooperação federativa e no necessário
diálogo social, poderá privilegiar uma relação equilibrada na condução da
política educacional e preservar princípios fundamentais na
garantia do direito à educação pública, para todos/as/es e cada um, em nosso
país.
Assinam as seguintes pessoas:
Heleno Araújo – Presidente da CNTE e
Coordenador Geral do FNPE
Fátima Silva – Secretária Geral da CNTE e
Vice Presidenta da IEAL
Romualdo Portela de Oliveira – Presidente da
Anpae
Geovana Mendonça Lunardi Mendes – Presidenta
da Anped e Vice-Presidenta da World Education Research Association
Gilson Reis – Coordenador Geral da Contee
Tino Lourenço – Executiva Nacional da CUT
Luiz Fernandes Dourado - Diretor de
Intercâmbio Institucional da Anpae
Nilton Brandão – Presidente do
Proifes-Federação
Ênio Pontes de Deus – Diretor de Ciência e
Tecnologia do Proifes-Federação
Márcia Ângela Aguiar – Diretora de Cooperação
Internacional da Anpae
Miriam Fabia Alves – Diretora Financeira da
Anped
garantia do direito à educação pública, para todos/as/es e cada um, em nosso país.
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REAJUSTE
DO PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO EM 2023 SERÁ DE NO MÍNIMO 14,24%.
O piso salarial profissional nacional para os profissionais do
magistério público da educação básica (vencimento inicial das carreiras do
magistério público da educação básica para a formação em nível médio, na
modalidade normal, com jornada de 40 horas semanais) terá reajuste de, no
mínimo, 14,24% a partir de janeiro de 2023. Pelo que temos até agora é o que
comprova a portaria interministerial do atual governo Bolsonaro. A projeção foi
feita pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e
divulgada na última semana após publicação da portaria interministerial https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-interministerial-n-4-de-18-de-agosto-de-2022-425218242
(Ministérios
da Educação e Economia), no Diário Oficial da União (DOU), com novas
estimativas da receita do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).
A atualização do piso é atrelada ao percentual de crescimento do
valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental
urbano, definido nacionalmente pelo Fundeb. Esse valor anual mínimo por aluno
de 2022 foi calculado em R$ 5.098,44, ou seja, 14,24% maior que os R$ 4.462,83
de 2021. A CNTE alerta, porém, que a última estimativa será feita em dezembro e
o reajuste deve superar a atual projeção.
No Estado do Maranhão o reajuste do piso nacional do magistério de 2022 não foi
aplicado conforme a Lei do Piso e isso demandou inúmeras reuniões com a direção
do Sinproesemma e terminou com o governo se antecipando ao anúncio da portaria interministerial
do MEC e decretou aumento de 8% pago em duas (2) parcelas. Uma parte, nas folhas
de pagamento 4% nos meses de fevereiro e 4% maio, de 2022, referente aos 8,0%. O
governo do Maranhão alegando não ter recursos suficientes para cumprir a lei.
Fez Acordo celebrando e viabilizou o pagamento do percentual de retroativos de progressões,
promoções, titulações, além de outras Concessões para mitigar os direitos da
categoria. O Sinproesemma mesmo a assim ajuizou ação de cobrança dos restantes
do percentual de 33,24%, referente ao 25,24% que não fora concedido e acumulado
em 2022.
O novo índice será aplicado de forma linear para todo o
quadro do magistério – efetivos e aposentados -, mantendo ainda os atuais
adicionais. reajuste do piso nacional do magistério em 2023
será de no mínimo 14,24%. Vamos esperar para que até o final no ano (dezembro)
esse percentual seja mantido ou até reajustado para cima.
O que é piso
salarial? Piso salarial é o menor valor pago a uma classe de trabalhadores.
Cada área tende a ter um piso salarial diferente, este é fruto de uma gama de
fatores como nível de escolaridade e luta dos sindicatos que tem um papel
importante para estabelecer os valores do piso salarial.
O piso
nacional da categoria é o valor mínimo que deve ser pago aos professores do
magistério público da educação básica, em início de carreira, para a jornada de
no máximo 40 horas semanais. A Lei 11.738 de 2008, que institui o piso,
estabelece que os reajustes devem ocorrer a cada ano, em janeiro.
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