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Bolsonaro deixará a educação pública numa terra arrasada, diz deputada federal Rosa Neide
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em meio a corte de verbas nas universidades, institutos federais e irregularidades na aplicação de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), a herança maldita que Jair Bolsonaro (PL) deixará na educação pública é de terra arrasada. A opinião é da professora e deputada federal Rosa Neide (PT-MT).
A deputada, que é coordenadora do núcleo de educação do partido no Congresso Nacional e faz parte da equipe de transição do novo governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acompanhou os resultados da educação dos últimos cinco anos, e o sinal é de destruição completa. “A gente acompanhou os cinco anos de queda orçamentária e foi só diminuindo chegando no ano de 2022 com corte em algumas políticas públicas que vão de até 90%, e outras chegam até 100%. O governo vai terminar o ano com terra arrasada completamente”, denuncia ela.
Com isso, segundo a deputada, os cortes afetaram os bolsistas de graduação e pós-graduação e não têm dinheiro para alimentação e nem para pagar o aluguel de onde moram. “Estamos vendo no dia de hoje que os alunos de graduação e pós graduação não estão recebendo nem a bolsa de R$400 para alimentação”, contou indignada.
Fundeb é fundamental para acabar com desigualdade educacional
Como mostrou uma reportagem recente da CNTE, o TCU apontou mais de 30 mil indícios de irregularidades na aplicação dos recursos do Fundeb. Os problemas encontrados vão desde a permanência de pessoas falecidas na folha de pagamentos do fundo até contratação de professores sem formação adequada.
“Os achados do TCU devem ser até muito mais que isso. Quantos desses municípios no país não conseguiram pagar o piso [por conta das irregularidades]? ”, indaga a professora. Rosa Neide completa: “é muito importante que os recursos do Fundeb sejam aplicados com muita transparência porque são recursos que servem inclusive para pagar salários dos profissionais da educação”.
O Fundeb determina que os gestores públicos destinem 70% dos recursos para a remuneração de seus profissionais da educação. Essa categoria engloba também funcionários das escolas. Além disso, aumenta dos atuais 10% para 23% a participação da União no Fundo.
Assim, o governo federal deverá aumentar essa participação de forma gradual, ano a ano: em 2021, com 12%, passando para 15% em 2022. Em 2023, para 17%, depois para 19%, 21%, até chegar a 23%, em 2026. A ideia é combater a desigualdade regional e distribuir o dinheiro para garantir um valor mínimo investido por aluno, igual a todos os estados.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, reforça que o objetivo do Fundeb é buscar um combate a desigualdade educacional que existe no nosso país. “Ele tem um papel a cumprir, se mantém a partir do Fundeb provisório e agora o permanente, porque é uma política que está dando certo, mas o dar certo significa alcançar seus objetivos, universalizar o direito à educação e acabar com o analfabetismo e a desigualdade educacional que temos no país”.
Revogação do Teto de Gastos
Para o presidente da CNTE, Heleno Araújo, a Emenda Constitucional (EC) nº95, estabelecida no governo de Michel Temer (MDB-SP), está entre as principais medidas que provocaram a diminuição do orçamento da educação, pois limita o teto de investimentos públicos por 20 anos a partir de 2016.
“Vamos indicar ao presidente Lula para trabalhar na revogação da Emenda Constitucional 95 porque ela impede que o orçamento da educação avance, cresça. Pelo contrário, a EC 95, na verdade, diminui o orçamento da educação”, afirma o dirigente.
Heleno Araújo avalia que todos os governantes, nas esferas municipal, federal e estadual, devem trabalhar de forma colaborativa entre si, como determina o artigo 23 da Constituição Federal, para garantir não apenas os recursos, mas o direito das pessoas à educação. “E o direito à educação não é apenas o acesso, temos que garantir a matrícula, mas também as condições adequadas para a permanência dos alunos/as nas escolas”, finalizou o dirigente.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em meio a corte de verbas nas universidades, institutos federais e irregularidades na aplicação de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), a herança maldita que Jair Bolsonaro (PL) deixará na educação pública é de terra arrasada. A opinião é da professora e deputada federal Rosa Neide (PT-MT).
A deputada, que é coordenadora do núcleo de educação do partido no Congresso Nacional e faz parte da equipe de transição do novo governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acompanhou os resultados da educação dos últimos cinco anos, e o sinal é de destruição completa. “A gente acompanhou os cinco anos de queda orçamentária e foi só diminuindo chegando no ano de 2022 com corte em algumas políticas públicas que vão de até 90%, e outras chegam até 100%. O governo vai terminar o ano com terra arrasada completamente”, denuncia ela.
Com isso, segundo a deputada, os cortes afetaram os bolsistas de graduação e pós-graduação e não têm dinheiro para alimentação e nem para pagar o aluguel de onde moram. “Estamos vendo no dia de hoje que os alunos de graduação e pós graduação não estão recebendo nem a bolsa de R$400 para alimentação”, contou indignada.
Fundeb é fundamental para acabar com desigualdade educacional
Como mostrou uma reportagem recente da CNTE, o TCU apontou mais de 30 mil indícios de irregularidades na aplicação dos recursos do Fundeb. Os problemas encontrados vão desde a permanência de pessoas falecidas na folha de pagamentos do fundo até contratação de professores sem formação adequada.
“Os achados do TCU devem ser até muito mais que isso. Quantos desses municípios no país não conseguiram pagar o piso [por conta das irregularidades]? ”, indaga a professora. Rosa Neide completa: “é muito importante que os recursos do Fundeb sejam aplicados com muita transparência porque são recursos que servem inclusive para pagar salários dos profissionais da educação”.
O Fundeb determina que os gestores públicos destinem 70% dos recursos para a remuneração de seus profissionais da educação. Essa categoria engloba também funcionários das escolas. Além disso, aumenta dos atuais 10% para 23% a participação da União no Fundo.
Assim, o governo federal deverá aumentar essa participação de forma gradual, ano a ano: em 2021, com 12%, passando para 15% em 2022. Em 2023, para 17%, depois para 19%, 21%, até chegar a 23%, em 2026. A ideia é combater a desigualdade regional e distribuir o dinheiro para garantir um valor mínimo investido por aluno, igual a todos os estados.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, reforça que o objetivo do Fundeb é buscar um combate a desigualdade educacional que existe no nosso país. “Ele tem um papel a cumprir, se mantém a partir do Fundeb provisório e agora o permanente, porque é uma política que está dando certo, mas o dar certo significa alcançar seus objetivos, universalizar o direito à educação e acabar com o analfabetismo e a desigualdade educacional que temos no país”.
Revogação do Teto de Gastos
Para o presidente da CNTE, Heleno Araújo, a Emenda Constitucional (EC) nº95, estabelecida no governo de Michel Temer (MDB-SP), está entre as principais medidas que provocaram a diminuição do orçamento da educação, pois limita o teto de investimentos públicos por 20 anos a partir de 2016.
“Vamos indicar ao presidente Lula para trabalhar na revogação da Emenda Constitucional 95 porque ela impede que o orçamento da educação avance, cresça. Pelo contrário, a EC 95, na verdade, diminui o orçamento da educação”, afirma o dirigente.
Heleno Araújo avalia que todos os governantes, nas esferas municipal, federal e estadual, devem trabalhar de forma colaborativa entre si, como determina o artigo 23 da Constituição Federal, para garantir não apenas os recursos, mas o direito das pessoas à educação. “E o direito à educação não é apenas o acesso, temos que garantir a matrícula, mas também as condições adequadas para a permanência dos alunos/as nas escolas”, finalizou o dirigente.
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O novo salário dos profissionais da educação.! ?????
PRECISAMOS SABER QUAL É O VERDADEIRO VALOR DO PISO DO PROFESSOR?POR UM PISO LEGAL DE R$: 2.298,62**
Como em todo Brasil – Pois o canalhismo dos maus governantes é nacional |
VEJA A TABELA ABAIXO – DEMONSTRANDO OS PISOS PIRATAS DO MEC- COMO DEVERIA SER O PISO LEGAL E AS PERDAS CAUSADAS NOS ÚLTIMOS ANOS A PROFESSORES COM FORMAÇÃO EM NÍVEL MÉDIO PARA JORNADA DE 40 HORAS SEMANAIS –
ANO | Portaria Utilizada pelo Mec para reajuste – Critério que viola o Artigo 5º da Lei do Piso – Valor Aluno Estimado R$ | Piso Pirata do Mec Reajustado R$ | Portaria do Valor aluno – Consolidado R$ | Piso Legal – O que deveria ser de acordo com a Lei do Piso – Artigo 5º – Utilizando o valor aluno consolidado R$ | Perdas salariais causados pelo piso pirata do Mec |
2008 | 1.132,34 | Não houve reajuste* Violaram a Lei do Piso | Não implementaram nem o piso legal de R$ 950,00. (Elaborada pelo Dr. Valdecy Alves) | 950,00 (Não foi implementado) | – 0 – |
2009 | 1.221,34
( + 7,85%)* (Elaborada pelo Dr. Valdecy Alves) |
Não houve reajuste *Violaram a Lei do Piso (Elaborada pelo Dr. Valdecy Alves) | implementaram o piso legal de R$ 950,00. Parcelado e incorporando ilegalmente vantagens | 993,99 | 571,87 |
2010 | 1.414,85 (+ 15,84%) | 1.024,67 | 1.529,97 | 1.239,20 | 2.788,89 |
2011 | 1.729,28 (+ 22,22%) | 1.187,00 | 1.846,56 | 1.495,59 | 4.011,67 |
2012 | 1.867,15 (+ 7,97%) | 1.451,00 | 2.020,79 | 1.636,62 | 2.413,06 |
2013 | 2.022,51 ( + 8,32%) | 1.567,00 | 2.287,87 | 1.853,07 | 3.718,91 |
2014 | 2.285,57 (+ 13,01%) | 1.697,37 | 2.476,37 | 2.005,83 | 4.009,98 |
2015 | 2.545,31 (+ 11,36%) | 1.917,18 | A consolidação só deverá ocorrer em abril de 2016 | 2.135,41** (Calculado com valores estimados) | 2.829,19** |
2016 | 2.739,87** (Elaborada pelo Dr. Valdecy Alves) | 2.135,63 | A consolidação só deverá ocorrer em abril de 2017 |
2.298,62**(Calculado com valores estimados) |
2.118,87** |
Total das Perdas para professor de nível médio – 40 horas – mais ou menos | 22.462,44 (Elaborada pelo Dr. Valdecy Alves) |
**Valores que serão alterados. Não são definitivos. Terão aumento como sempre tem ocorrido. Logo serão alterados para mais.
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