sexta-feira, 13 de novembro de 2009

OS PROFESSORES AINDA VÃO ESTAR EM GREVE?


OS PROFESSORES AINDA VÃO ESTAR EM GREVE?

http://unidadeclassistama.wordpress.com
Por: Josivaldo Corrêa Silva*

Esta é sem dúvida a pergunta mais repetida pelos corredores de nossas escolas, ao menos a nós, professores envolvidos com o Movimento Sindical e a prática docente. No último dia 17/10;09, em São Luís, realizou-se uma assembléia em São Luís decidiu por pequena diferença de votos de forma contrária a direção do Sindicato e pela deflagração de GREVE. E essa tomada de decisão provocou uma tremenda confusão na comunidade escolar e na categoria. O sindicato da Categoria diz que essas decisões regionais (São Luís, São João dos Patos e Zé Doca) não se sobrepõem sobre decisão da maioria dos trabalhadores, as demais regionais (15) aprovaram o acordo do sindicato com o governo, essa decisão, esbarra em dois empecilhos.

A assembléia não foi convocada para esse fim - decretação de greve (que exige rito legal específico), e ela dependeriam da somatória das decisões das assembléias regionais. No entendimento da direção do Sinproesemma, o foco da campanha salarial de 2009 deve ser principalmente, a definição do Estatuto do Educador (incluindo os funcionários de escola) e do PCCS (Plano de Cargos, Carreira e Salários).

Ao contrário disso muitas ações foram realizadas. O movimento de resistência dos professores e ao sindicato (MRP). Iniciaram inúmeras mobilizações de reação contraria a tomada pela direção do Sindicato em aceitar apenas 10%,Sendo (dividido em 8% em outubro, porém pago em novembro e o restante de 2% pagos em Janeiro de 2010), onde o piso de professores devera ser reajustado novamente.

Quando ainda representante de nossa entidade, Sinproesemma, tive a oportunidade de participar das discussões sobre o tema PCCS (Plano de Cargos, Carreira e Salários), e valorização dos profissionais da educação, onde a greve sempre foi um elemento disponível para avançar na busca de nossos direitos.
E neste ponto concordo com categoria aqui em São Luis. Só com a Greve esse Governo poderia ter cumprido com os 19.2%. Até acredito que sairiam ganhando o governo e a categoria. Pelos menos eles iriam se diferenciar do governo Jackson Lago.

Acho. Particularmente que o sindicato não conseguiu fazer uma avaliação correta da base e mais criteriosa sobre a real situação da categoria e utilizou-se de princípios políticos, sobrepondo os princípios democráticos e de concepção sindical, para combate a oposição como sinal de organização e controle de categoria. Porém, essa atitude mostrou a direção do Sindicato a real insatisfação da base com a Direção atual do Sinproesemma.

Chegam até a duvidar da legitimidade e da representatividade junto à categoria. Favorecendo assim e que os movimentos de resistência mostrem que uma nova correlação de forças está sendo construída e que novos protestos e ações de massa tendem a ocorrer nos próximos dias, inclusive com uma provável aliança conjunta de outros servidores públicos.

Dentro da oposição mesmo, suscitam também em alguns colegas sindicalistas da Oposição, a tomada do Poder, com a fundação de outro sindicato de professores, diferenciando a de profissionais da educação. Ou a desfiliação em massa do Sinproesemma, duas proposta altamente incompreensíveis e de um despreparo muito grande.

É preciso muito equilíbrio nessa hora, propomos um dialogo direto com a base, buscando a unidade pela base. Para que a categoria possa se respirar e negociar com clareza, todos para a concretização do Estatuto e do PCCR e que as questões políticos partidárias sejam posta de lado, e que elas só voltem a aparecer quando os profissionais estiverem conscientes para onde vão e qual ideologia seguir. Sei que isso é possível.

Porém, apesar deste novo quadro que está sendo construído, exigir a decisão de que algum episódio deva ser feito para barrar os freqüentes ataques feitos pelo governo Roseana, às escolas públicas: ausência de professores, reformas somente das faixadas, diretores sem compromissos, falta de infra-estrutura, insuficiência de materiais pedagógicos, ausência e precariedade de funcionários administrativos, segurança, além da remuneração dos professores, capacitação, bem como os salários dos demais funcionários públicos e muitos outros.

Motivos para a deflagração da greve é verdade que não faltaram, pois o Governo tem desrespeitado a lei do PISO e não reajustou os salários dos professores de acordo com a Lei; assembléia em São Luís decidiu por pequena diferença de votos de forma contrária a direção do Sindicato e pela deflagração de greve. concurso público real para todas as disciplinas e para administrativos da Educação; eleição direta para diretores de escolas. Entre outros retrocessos em que se depara hoje na educação do estado.

A tarefa a ser construída pelo movimento é a de mobilizar a categoria para pressionar a abertura de negociações com o governo estadual, em torno de um Estatuto coerente e capaz de atender a categoria e seus anseios (direitos).
Unir todos os profissionais em educação em desacordo com as ações do sindicato/governo, buscando assim, uma ação coletiva e representativa da categoria junto aos parlamentares da base governistas e da oposição apara aprovação de um estatuto e um PCCR com emendas que defendem o real direito do trabalhador em educação.

Sugiro que façamos A CARTA do EDUCADOR, coletiva assinada pela categoria da base em São Luís e das regionais. Onde, nela vamos colocar os nossos princípios e nossos direitos (emendas) a proposta do estatuto apresentado pelo sindicato e propor o cumprimento do Piso e a devolução retroativa de nosso direito 19,2%. Vamos à luta!
Continuremos a lutar e fortalecer o proletariado, respeitando as diferenças entre as diversas organizações e sempre visando o objetivo final: a unidade pela base,
Viva a categoria da educação.

* C.S. Unidade Classista. Professor sindicalista licenciado (Sinproesemma).

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