terça-feira, 27 de agosto de 2013

O QUE NÃO SE DIZ SOBRE OS MÉDICOS CUBANOS

O QUE NÃO SE DIZ SOBRE OS MÉDICOS CUBANOS
 
25 AGOSTO 2013

A grande imprensa brasileira, que nos últimos anos exacerbou, por incompetência e ideologia, a superficialidade que sempre a caracterizou, tem sido coerente ao tratar da vinda de quatro mil médicos cubanos: limita-se a noticiar o fato e reproduzir as críticas das associações corporativas de médicos e dos políticos oposicionistas. Mantém-se fiel à superficialidade que é sua marca, acrescida de forte conteúdo ideológico conservador e de direita.
Não conta, por exemplo, que médicos cubanos já trabalharam no Brasil, atendendo a comunidades pobres e distantes nos estados de Tocantins, Roraima e Amapá. Não houve nenhuma reclamação quanto à qualidade desse atendimento e nenhum problema com o conhecimento restrito da língua portuguesa. Os médicos cubanos tiveram de deixar o Brasil por pressão do corporativismo médico brasileiro – liderado por doutores que gostam de trabalhar em clínicas privadas e nas grandes cidades.
A grande imprensa não conta também que há mais de 30 mil médicos cubanos trabalhando em 69 países da América Latina, da África, da Ásia e da Oceania, lidando com pessoas que falam inglês, francês, português e dialetos locais. Só no Haiti, onde a população fala francês e o dialeto creole, há 1.200 médicos cubanos – que sustentam o sistema de saúde daquele país e, como profissionais com alto nível de educação formal, aprendem rapidamente línguas estrangeiras.
O professor John Kirk, da Universidade Dalhousie, no Canadá, estudou a participação de equipes de saúde de Cuba em vários países e é dele a frase seguinte: “A contribuição de Cuba, como ocorre agora no Haiti, é o maior segredo do mundo. Eles são pouco mencionados, mesmo fazendo muito do trabalho pesado”. Segredo porque a imprensa internacional – especialmente a estadunidense — não gosta de falar do assunto.
Kirk contesta o argumento de que os médicos cubanos que atendem as comunidades pobres em vários países não são eficientes por não dominar as últimas tecnologias médicas: “A abordagem high-tech para as necessidades de saúde em Londres e Toronto é irrelevante para milhões de pessoas no Terceiro Mundo que estão vivendo na pobreza. É fácil ficar de fora e criticar a qualidade, mas se você está vivendo em algum lugar sem médicos, ficaria feliz quando chegasse algum”.
O problema dos que contestam a vinda de médicos estrangeiros e, em especial dos cubanos, é que as pessoas que passam anos ou toda a vida sem ver um médico ficarão muito felizes quando receberem a atenção que os corporativistas do Brasil lhes negam e tentam impedir.
SOCIALISMO E GUERRA FRIA
Duas informações referentes à vinda de médicos cubanos para o Brasil e que podem ser úteis aos que querem ir além do que diz a grande imprensa:
- Cuba é um país socialista e por isso, gostemos ou não, as coisas não funcionam exatamente como em um país capitalista. Como é um país socialista, há a preocupação de manter baixos os índices de desigualdade econômica e social. Por isso nenhuma empresa ou governo estrangeiro contrata trabalhadores cubanos diretamente, em Cuba ou no exterior (nesse caso quando a contratação é resultado de um acordo entre estados). Todos são contratados por empresas estatais que recebem do contratante estrangeiro e pagam os salários aos trabalhadores, sem grande discrepância em relação ao que recebem os que trabalham em empresas ou organismos cubanos. Os médicos que trabalham no exterior recebem mais do que os que trabalham em Cuba. Mas algo como nem muito que seja um desincentivo aos que ficam, nem tão pouco que não incentive os que saem.
- O governo dos Estados Unidos tem um programa especial para atrair médicos cubanos que trabalham no exterior. Eles são procurados por funcionários estadunidenses e lhes são oferecidas inúmeras vantagens para “desertar”, como visto de entrada, passagem gratuita, permissão de trabalho e dispensa de formalidades para exercer a atividade. Os que atuam na América Latina são os mais procurados e uma condição para serem aceitos no programa é que critiquem o sistema político cubano e digam que os médicos no exterior são oprimidos e mantidos quase como escravos. Os que aceitam as ofertas dos Estados Unidos, os que emigram para outros países ou ficam no país que os recebe depois de terminado o contrato representam cerca de 3% dos efetivos.  No Brasil, mantida essa média, pode-se esperar que até 120 dos quatro mil médicos cubanos “desertem”.
UM SISTEMA IRREAL
A citação a seguir é do New England Journal of Medicine: “O sistema de saúde cubano parece irreal. Há muitos médicos. Todo mundo tem um médico de família. Tudo é gratuito, totalmente gratuito. Apesar do fato de que Cuba dispõe de recursos limitados, seu sistema de saúde resolveu problemas que o nosso [dos EUA] não conseguiu resolver ainda. Cuba dispõe agora do dobro de médicos por habitante do que os EUA”.
Menções elogiosas ao sistema de saúde cubano e a seus profissionais são frequentes em publicações especializadas e ditas por autoridades médicas e organizações internacionais, como a Organização Mundial de Saúde, a Organização Panamericana de Saúde e o Unicef. Mas mesmo assim, querendo negar a realidade, médicos e políticos brasileiros insistem em negar o óbvio, chegando ao absurdo de dizer que nossa população está correndo riscos ao ser atendida pelos cubanos.
Para começar, os indicadores de saúde em Cuba são os melhores da América Latina e estão à frente dos de muitos países desenvolvidos. A mortalidade infantil, por exemplo (4,8 por mil), é menor do que a dos Estados Unidos. Aliás, para os que gostam de dizer que Cuba estava melhor antes da revolução de 1959, naquela época era de 60 por mil. A expectativa de vida dos cubanos é também elevada: 78,8 anos.
Outro aliás quanto aos saudosistas: em 1959, Cuba tinha seis mil médicos, sendo que três mil correram para os Estados Unidos quando viram que não haveria mais lugar para o sistema privado de saúde e que os doutores elitistas e da elite perderiam seus privilégios. Hoje tem 78 mil médicos, um para cada 150 habitantes, uma das melhores médias do mundo. Isso permite a Cuba manter mais de 30 mil médicos no exterior. Desde 1962, médicos cubanos já estiveram trabalhando em 102 países.
Em 2012 formaram-se em Cuba 5.315 médicos cubanos em 25 faculdades públicas e 5.694 estrangeiros, que estudam de graça na Escola Latino-americana de Medicina (Elam). A Elam recebe estudantes de 116 países, inclusive dos Estados Unidos, e já formou 24 mil estrangeiros.
Os médicos cubanos se formam após seis anos de graduação, incluindo um de internato, e mais três ou quatro anos de especialização. Os generalistas, que atendem no sistema Médico da Família (um médico e um enfermeiro para 150 a 200 famílias, e que moram na comunidade que atendem) são preparados para atuar em clínica geral, pediatria, ginecologia-obstetrícia e fazer pequenas cirurgias.
Dos quatro mil médicos que vêm para o Brasil, todos têm especialização em medicina de família, 42% já trabalharam em pelo menos dois países e 84% têm mais de 16 anos de atividade. Grande parte já atuou em países de língua portuguesa, na África e em Timor-Leste. Foi em Timor, a propósito, que ocorreu o fato seguinte: o embaixador estadunidense exigiu do então presidente Xanana Gusmão que expulsasse os médicos cubanos. Xanana perguntou quantos médicos dos Estados Unidos havia no Timor-Leste e quantos o país mandaria para substituir os mais de duzentos cubanos que estavam lá. Diante da resposta, de que havia apenas um, que atendia os diplomatas norte-americanos, e que não viria mais nenhum, Xanana, simplesmente, disse que os cubanos ficariam. E estão lá até hoje. Falando português.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

INFORME DA GREVE


INFORME DA GREVE


A greve dos educadores estaduais e a negociação com o governo continuam  -    Publicado em 26/abr/2013 (http://sinproesemma.org.br/2013/04/a-greve-dos-educadores-estaduais-e-a-negociacao-com-o-governo-continuam/)

A agenda de assembleias regionais já está sendo construída para a próxima semana

Há quatro dias estão em mesa de negociação o governo do Estado do Maranhão e a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma). O resultado da negociação será submetido às assembleias regionais, que devem acontecer, na próxima semana, a partir desta segunda-feira (29), nas quais os educadores irão avaliar os rumos do movimento grevista, iniciado na última terça-feira (23).
Por enquanto, a greve dos trabalhadores continua, na capital e no interior do estado. Parte da diretoria está em negociação com o governo e outra está na sede do sindicato, em São Luís, em vigília permanente, aguardando o desfecho das negociações. Hoje, sexta-feira (26), a discussão, na mesa com o governo, gira em torno da tabela salarial da categoria.
O principal ponto de pauta da greve dos trabalhdores é o Estatuto do Educador. A categoria espera há varios anos a aprovação do estatuto, que estabelece as regras da carreira dos profissionais de educação. Depois de quase dois anos de negociação, o governo do Estado, além de retardar o envio do projeto para votação na Assembleia Legislativa, apresentou, recentemente, ao sindicato, uma proposta com vários artigos alterados, modificando o texto construído, em comum acordo, entre o sindicato e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Agora, para retornar à sala de aula, os educadores querem o texto corrigido para posterior aprovação no Legislativo, inclusive a nova tabela salarial, com o enquadramento de cargos, prevendo as progressões funcionais e o interstício entre as referências salariais.

 Governo não quer redução da jornada para professores com mais de 50 anos

Publicado em 26/abr/2013
Na negociação do texto do Estatuto do Educador, um dos pontos de divergência entre o governo do Estado e o Sinproesemma é o artigo que trata da redução da jornada de trabalho dos professores que completarem 50 anos de idade e mais de 20 anos de serviço na rede. O governo é irredutível quando o assunto é a redução da jornada.
A proposta que resultar da negociação será submetida às assembleias regionais que serão realizadas a partir da próxima semana. Segundo o presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, somente as assembleias dos trabalhadores poderão decidir se aceitam ou não o texto em negociação e se suspendem ou não a greve na rede estadual de educação, que teve início na última terça-feira e continua por tempo indeterminado.
Nesta quinta (25) e sexta-feira (26), os diretores do sindicato realizaram várias reuniões de avaliação da greve e do andamento das negociações com o governo, na sede da entidade, em São Luís.
M.R.P - MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Professor/a, conheça os meandros da proposta do ESTATUTO DO EDUCADOR defendida pela diretoria do sindicato. O que fazer diante disso?

Companheir@s, nos últimos dias o cenário em torno do debate entre sindicato e governo sobre a reestruturação da carreira dos profissionais da educação foi parcialmente modificado, na medida em que, a diretoria do SINPROESEMMA foi obrigada a apresentar a PROPOSTA DE ESTATUTO DO EDUCADOR que ela defende. Atenção! Só este ano o site do sindicato já disponibilizou 2 versões desse documento.  Agora o cenário é outro, pois o debate no seio da nossa categoria passa a ser pautado a partir da versão negociada (SEDUC/ SINPROESEMMA)-24/09/2012. Esta proposta está estruturada em 72 artigos e 7 anexos. Após uma análise minuciosa dessa proposta identificamos questões centrais que entendemos ser necessário rediscuti-las urgentemente, por conta dos malefícios que elas representam. Temos que agir rápido, antes da sua transformação na lei que vai regular o exercício profissional de todos os integrantes da nossa categoria, daqui por diante, caso contrario nos preparemos para os prejuízos imediatos e futuros. São elas:
 

I) A política salarial da versão acordada entre sindicato e governo é ILEGAL, pois contraria a lei federal nº 11.738/08 (lei do PISO). Ver capítulo X, artigos 31, 32 e 33.

ESTATUTO DO EDUCADOR  (SINDICATO+GOVERNO)
LEI FEDERAL nº 11.738/08
(Proposta do MRP)
Artigo 32.

Parágrafo único. A correção dos valores do vencimento-base do Subgrupo Magistério da Educação Básica ocorrerá sempre no mês de maio, no percentual de correção do Piso Salarial Profissional Nacional dos Professores.
Art. 5o O piso salarial profissional nacional do magistério  público da educação básica será atualizado, anualmente, no mês de janeiro, a partir do ano de 2009.
Parágrafo único. A atualização de que trata o caput deste artigo será calculada utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido nacionalmente, nos termos da LEI DO FUNDEB.
















Ver tabela salarial no anexo 1, localizado no final do texto.

II) O processo de ENQUADRAMENTO não está expresso em nenhum dos 72 artigos da proposta e foi colocado de forma sutil no anexo IV (páginas 23 e 24), QUADRO DE CORRELAÇÃO DAS REFERÊNCIAS PARA ENQUADRAMENTO.
Nesse aspecto governo e diretoria do sindicato acordaram que o professor deve ser enquadrado levando-se em conta, tão somente, a referência atual do educador na tabela vigente. Esse entendimento nos é extremamente prejudicial, pois nos causa prejuízos imediatos e estes nos acompanharão até o período da aposentadoria.

O MRP defende que o educador seja enquadrado levando-se em consideração seu tempo de serviço na rede. 

Governo e diretoria do sindicato já ACORDARAM e isso resultou no artigo 69 da proposta do ESTATUTO DO EDUCADOR. Nele está posto que as progressões acumuladas e não concedidas serão efetivadas no prazo máximo de 4 anos, MEDIANTE ACORDO entre sindicato e SEDUC-MA.

III) A PROPOSTA de DESENVOLVIMENTO NA CARREIRA (Capítulos VIII e IX, páginas 6 e 7). Governo e diretoria do sindicato defendem a progressão na carreira atrelada a avaliação de desempenho.

O MRP não defende a implementação da avaliação de desempenho meritocrática e entende que a progressão na carreira não deve ser condicionada a avaliação de desempenho.

Diante desse contexto, educador/a, você precisa se posicionar, pois necessitamos de um novo estatuto, isso é fato! Porem, devemos ser bastante cautelosos no que diz a respeito a qual proposta de estatuto estamos defendendo e lutando pela sua aprovação. Nossa luta será frustrada se for aprovado um estatuto que não expressa nossos anseios e reais necessidades. Não se deixe levar pelas falas emplumadas e macias dos diretores do sindicato, que agem dessa forma no intuito de garantir seus interesses particulares e/ou político-partidário. Descortine seu olhar fazendo uma análise cautelosa da proposta do estatuto do educador que está disponibilizado no site do sindicato e verifique se procede ou não aquilo que denunciamos aqui. Após isso, tome a decisão acertada, fortaleça o movimento que exige a rediscussão do ESTATUTO DO EDUCADOR e para que isso aconteça deveremos convocar uma ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA para que nela possamos MODIFICÁ-LO. O artigo 19 do estatuto do SINPROESEMMA permite que essa assembleia seja convocada por meio de um abaixo assinado com pelo menos 10% (dez por cento) dos sócios em dias com suas obrigações sociais. Assine-o e nos ajude a coletar o maior número de assinaturas possível. Nesse processo de coleta usaremos a forma tradicional e a forma digital, basta clicar  no link:http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=P2013N39777
Anexo - 1
TABELA SALARIAL QUE DEFENDEMOS E DEVE ACOMPANHAR O ESTATUTO DO EDUCADOR. ATENÇÃO! ELA FOI MONTADA A PARTIR DO QUE DETERMINA O ARTIGO 5º DA LEI DO PISO. Seus valores tem como referencial o PISO/12 de valor R $ 1.451,00 reajustado em 20,16% conforme estabelece a portaria interministerial de nº 1.496/12.

Classe
Vencimento
GAM 75%
Remuneração
  Professor  I

A
871,76
653,82
1.525,58
915,35
686,51
1.601,86
961,12
720,84
1.681,95

B
1.009,17
756,88
1.766,05
1.059,63
794,72
1.854,35
1.112,61
834,46
1.947,07

C
1.168,24
876,18
2.044,42
1.226,65
919,99
2.146,64
1.287,99
965,99
2.253,98
Classe
Vencimento
GAM 104%
Remuneração
Professor II

A
912,20
948,69
1.860,89
957,81
996,12
1.953,93
1.005,70
1.045,93
2.051,63

B
1.055,99
1.098,22
2.154,21
1.108,78
1.153,14
2.261,92
1.164,22
1.210,79
2.375,02

C
1.222,44
1.271,33
2.493,77
1.283,56
1.334,90
2.618,46
1.347,73
1.401,64
2.749,38
Classe
Vencimento
GAM 104%
Remuneração
Professor III

A
1.153,20
1.199,33
2.352,53
1.210,86
1.259,29
2.470,16
1.271,40
1.322,26
2.593,66

B
1.334,97
1.388,37
2.723,55
1.401,72
1.457,79
2.859,51
1.471,81
1.530,68
3.002,49

C
1.545,40
1.607,21
3.152,62
1.622,67
1.687,57
3.310,25
1.703,80
1.771,95
3.475,76

terça-feira, 23 de abril de 2013

NOTA SEDUC - Sobre a paralisação dos profissionais da educação




terça-feira, 23 de abril de 2013




                                                             NOTA SEDUC





Sobre a paralisação dos profissionais da educação, ocorrida nesta terça-feira (23), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) esclarece que o ato faz parte da programação da 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, realizada entre 23 e 25 deste mês, promovida pela Confederação dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e reitera que a Seduc reconhece o direito dos profissionais de mobilização e de debate das questões educacionais.

Quanto ao Estatuto do Educador, a Seduc informa que está trabalhando no sentido de fornecer todo o suporte técnico para que a Secretaria de Estado da Gestão e Previdência (Segep) faça as adequações necessárias ao documento, junto com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), para que a proposta do Estatuto seja encaminhada o mais breve possível para análise e aprovação da Assembleia Legislativa do Maranhão.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Professores de São José de Ribamar aprovam greve por tempo indeterminado


ACESSE PÁGINA EDUCAÇÃO E CULTURA.

Professores de São José de Ribamar aprovam greve por tempo indeterminado


GREVE : UM MOMENTO DE REFLEXÃO!?.

Imagem - Fonte: Sinproesemma Online,

AQUI NO MARANHÃO -  EDUCAÇÃO É SIMBOLO DE NEGOCIAÇÃO! INFELIZMENTE?

Sou educador. Aprendi em casa desde cedo que a educação é o instrumento de mudanças e de transformação da vida. E a única que nos traz riqueza, conhecimento e reputação. E por esse patrimônio, exerço o ministério na educação. Exemplos de minha mãe, que sempre educou sem visar lucros e o fez com muito esmero e dedicação. Milito no segmento educacional desde os meus 16 anos, na militância estudantil e acadêmica e posteriormente no sindical e jamais quis uma exposição pública.

Aprendi e convivi com inúmeras questões e conflitos educacionais, porém os que sempre me deixaram bastante triste foram às pessoas que estiveram e estão à frente dos órgãos e entidades que representam a categoria. Salvo alguns nomes, e algumas conquistas sindicais. Existe uma longínqua distancia entre a valorização profissional e a consolidação de nossa política estadual de educação, através do estatuto profissional da educação  “ Estatuto do educador” e de nossas necessidades essenciais diária na educação, dentro da sala de aula e nas escolas.  Ouvi muitas propostas de mudanças e alterações de quadro adversos da educação em meu estado e no sindicato, porém, o que presencio sempre e ininterruptamente são propagações midiáticas e eleitoreiras do governo e dos sindicatos.  

Os responsáveis sempre são os mesmos há anos, existe uma rede alicerçada de sanguessuga dos recursos da educação e posições adjacentes destas rubricas. O Sinproesemma a muito não tem legitimidade plena da categoria e a representatividade de sua atuação é bancada pelas “articulações” no interior do estado. Sei que será difícil uma unanimidade na aceitação da greve, mesmo acreditando que os motivos são bons, mas, que nos levarão mais uma vez, para uma encenação de fatos demarcados e objetivos preestabelecidos para 2014. Os dominadores precisam de guerra, para continuam a reinar e “outros” aqui precisam de greve para negociar, e outros para disputar a base da categoria... infelizmente.  O Estado por sua vez sempre alienando pessoas e propagando enganações através dos seus espaços midiáticos e por seus acéfalos  aliados “jornalistas”.

No maranhão, a “maquiavelização” dos gestos políticos na educação são bastante óbvios e definidos.Os níveis de sutileza para ludibriar o povo é instigante. Assim, essa solicitação de greve é contraditória e servil. Apenas, acho que estas duas pontas representadas pelo governo e pelo sindicato da categoria, levem a sério as propostas e as reais necessidades de nossos alunos e de nossas atividades pedagógicas. Por que neste campo aqui, sempre estaremos pagando e suprindo essa defasagem na educação.

E que essas sejam de verdades as nossas  reivindicações: Estatuto do Educador Negociado e “Consensuado”,(por quem?) incluindo professores,especialistas e funcionários de escola;Imediata efetivação de 25 mil progressões, 1.500 promoções e  1.500 titulações; Eleição direta para diretor de escola; Correção do Piso Salarial aplicado linearmente na Nova Tabela Salarial; Ampliação do Pro/Funcionário;Gratificação de 30% para quem concluiu o ProFuncionário; Cumprimento integral da jornada extraclasse de 1/3; Nomeação dos excedentes do concurso de 2009; Realização de concurso público amplo com vagas suficientes para contemplar a necessidade de professores, especialistas e funcionários de escola; Equiparação salarial entre efetivos e contratados;Melhores condições de trabalho.
E uma melhor qualificação dos profissionais do sistema educacional; uma educação de qualidade para todos os alunos, de sua inclusão no mercado de trabalho; e no exercício da cidadania.

Espero que os recursos, contraídos por empréstimos  , seja verdadeiramente de fato, investidos e seus programas executado.Sei que o povo maranhense irá pagar em nome do Estado,essa conta. Espero que   esses recursos NÃO  sejam utilizados para custear as “campanhas de alguns” em 2014.  LEIA AQUI ...Os recursos para a implementação são da ordem de R$ 3,8 bilhões, captados pelo governo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), sendo que R$ 1 bilhão foi contratado por meio do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinveste). Entre outras, o Viva Maranhão destaca ações nas áreas de Modernização e Ampliação dos Serviços de Saúde e Saneamento (no valor de R$ 877 milhões), (RICARDO MURAD), Integração Rodoviária dos Municípios (R$ 693 milhões), (LUIS FERNANDO), Modernização e Gestão Pública (R$ 52 milhões), (FÁBIO GONDIM) , Ampliação da Infraestrutura e Modernização da Educação (R$ 454 milhões),(PEDRO FERNANDES) Desenvolvimento Social, Inclusão Produtiva e Superação da Pobreza (R$ 500 milhões)(FERNANDO FILAHO( e Mobilidade Urbana (R$ 620 milhões)(HILDO ROCHA)... http://www.geraldocastro.com.br/2013/01/29/conselho-de-secretarios-discute-diretrizes-para-2013-com-foco-no-viva-maranhao/ Faça a sua análises,observe as mudanças de cadeiras no secretáriodo estadual, neste período para encontrar o gestor destes recursos. 

Façamos valer os nossos direitos, Todos à GREVE  e atentos aos nosso opositores.

Uma breve e inconformada constatação.
Assim Penso.
Josivaldo Corrêa.
Unidade Classista.