segunda-feira, 19 de outubro de 2015
OUTUBRO DE LUTA - Não basta trocar peças quando o sistema não tem conserto
Está em curso no Brasil um processo
político que expõe didaticamente a essência da democracia burguesa
instalada no país. Tanto o partido do governo federal, o PT de Dilma e
Lula, quanto o partido que comanda a oposição de direita, o PSDB de
Aécio e FHC, vem buscando de formas mais ou menos explícitas atrair o
famigerado presidente da câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB),
para acordos conforme seus interesses.
Ambos estão plenamente dispostos a jogar
para baixo do tapete as contas na Suíça e toda a enorme lista de
falcatruas de Cunha como moeda de troca: o PT para assegurar o mandato
da presidente Dilma contra a tese do impeachment e o PSDB, ao contrário,
para facilitar a tramitação do processo de impedimento no congresso
nacional.
O fato é que, quando estava na oposição,
o PT culpava os tucanos pelas péssimas condições de sobrevivência dos
trabalhadores. Hoje o PSDB age da mesma forma, atribuindo toda a
responsabilidade do desemprego e aumento do custo de vida ao PT. Esta
polêmica, contudo, não passa de uma grande farsa. Como disputam a
gerência do sistema, os partidos da ordem não podem revelar que a raiz
da crise econômica, política e social que vivemos está no sistema
capitalista.
Apesar das diferenças na forma de
administração segundo o governo de plantão, as crises fazem parte do
funcionamento do capitalismo e não podem ser evitadas enquanto este tipo
de sociedade não for abolido. Portanto, não podemos nos iludir:
independentemente de quem seja o presidente da república, se a classe
trabalhadora organizada não encarar de frente o problema da propriedade
privada dos meios de produção e outros pilares da sociedade burguesa,
persistirão as crises cíclicas, a exploração e a desigualdade.
Nessa perspectiva, a Unidade Classista
convoca os trabalhadores e todo o povo a participarem do OUTUBRO DE LUTA
em diversos estados, se levantando em unidade com greves e outras
formas de mobilização contra as retiradas de direitos, as
terceirizações, o ajuste fiscal, enfim, as medidas tomadas pela classe
dominante e seus representantes políticos contra a nossa classe, rumo à
construção de uma alternativa anticapitalista e antiimperialista para o
Brasil!
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