sexta-feira, 1 de maio de 2009

O 1º DE MAIO E A LUTA DE CLASSES





O Testemunho Municipal recomenda essa leitura e convida todos, a uma reflexão sobre a tese do capitalismo x socialismo.
O que será melhor para nós?
Como comunista que sou, acredito que o declínio do capitalismo é uma prova segura e um novo horizonte para as forças de trabalho se fortalecer e equilibrarem e sugerir um novo modelo de produção, com base no socialismo concreto


Por Moraes Júnior

Após a queda do comunismo, representado pela destruição do muro de Berlim, os teóricos do capitalismo alardearam o fim da história. Ou seja, o capitalismo triunfou como único regime econômico e social possível.

No rastro dessa avaliação outras teorias surgiram evidenciando o fim do proletariado e, portanto, supondo o fim da divisão da sociedade em classes sociais.

Ocorre que se aceitássemos essas teses como incontestáveis, a primeira pergunta que deveríamos fazer era: por que, então, comemorar o “Dia do Trabalhador? Eu mesmo respondo, porque há sim divisão da sociedade em classe socais e, evidentemente, há sim a superexploração de uma classe pela outra.

A crise econômica mundial está aí para desmentir os arautos do triunfo capitalista. Nunca na história da humanidade o fosso, que aparta ricos e pobres, foi tão profundo e largo. Nunca antes tanta gente morreu de fome, ainda que a humanidade produza hoje alimentos suficientes para alimentar todos os seres-humanos seis vezes. Associado a tudo isto, temos os índices alarmantes de desemprego, enquanto o movimento sindical mundial vive a sua crise particular. Aliás, às vésperas do “Dia do Trabalho”, necessário se faz abrir um capítulo a parte para o movimento sindical brasileiro.

A avaliação da realidade do nosso sindicalismo está refletida na programação do 1º de maio. Num mundo em crise, a ampla maioria certamente optará por mega eventos em substituição à luta. Há até sindicato que não só preparou festa de arromba como ainda montou camarote, vejam só, para separar patrões e autoridades dos trabalhadores. Olha a que nível chegamos. O sindicato reproduzindo a separação de classes sociais pela lógica patronal.

Mas, o “Dia do Trabalho” está aí. Uma concessão de Getúlio Vargas aos trabalhadores brasileiros. Uma data simbólica. Marca o dia em que oito trabalhadores foram enforcados porque lideraram uma greve na indústria automobilística em Chicago nos EUA. Nada mais atual quase dois séculos depois, quando milhares de outros trabalhadores estão sendo estrangulados por uma crise sem precedentes e da qual é a vítima fatal.

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